Justice League – War (USA, 2013)
Em 2011 os sensacionais Geoff Johns (escritor) e Jim Lee (desenhista), até então responsáveis pela coordenação editorial das comics do Universo DC, tiveram a brilhante ideia de fazer um reboot dos maiores super-heróis da editora, e assim fizeram. Esse relançamento ficou conhecido como Os Novos 52. A primeira publicação aconteceu com Liga da Justiça #1, uma escolha mais do que acertada. E claro, como não poderia deixar de ocorrer, ano passado a DC Universe Animated Original Movies em parceria com a Warner Bros. lançou a animação Justice League – War, adaptação dos primeiros exemplares do reboot.
A animação é tão boa quanto os quadrinhos. Além de a história começar do zero, algumas modificações de personalidades e uniformes também foram feitas, decisão que tornou Liga da Justiça ainda mais querida, pois apesar de já conhecermos os deuses, dessa vez eles foram trazidos para a época atual.
O filme já começa com perseguições e muita briga, em meio à bagunça que nossos heróis se reúnem. Aqui ninguém conhece ninguém diretamente, é apenas a tal história de “ouvir falar”. Os personagens são mais jovens e acostumados a trabalhar sozinhos, algo que não torna o encontro do grupo fácil.
Nessa versão vemos um Superman impaciente e descuidado (lembra bem a imagem dele em Homem de Aço). Um Lanterna Verde egocêntrico e, por vezes, precipitado. Uma Mulher Maravilha sem modos sociais e bastante inquieta. O Flash está como de costume, tranquilo, brincalhão e sendo muitas vezes o mais sensato da equipe. Temos também o Batman, que mesmo noob ainda é foda e sem dúvidas uma de suas melhores passagens foi conseguir tirar o anal de Hal Jordan sem esforço algum. Aquaman foi substituído no longa por Shazam, uma pena, já que o personagem ficou deveras aceitável depois do reboot.
Para fazer possível a reunião de um time extremamente poderoso, nada mais plausível que um vilão mega expressivo como Darkseid, que apesar de dar trabalho na história, principalmente na hora de ser despachado para outra dimensão, não mostra metade de sua força destrutiva, seu principal objetivo foi mesmo juntar os grandes heróis.
O filme é encantador, contudo, o grande lado negativo da história é Cyborg. Entenda, é um bom personagem, mas não é nem um pouco explorado, algo que infelizmente também acontece nos quadrinhos. O rapaz é uma pessoa saudável e leva uma vida bem normal, tirando os desentendimentos com o pai. Ele sofre um acidente horrível e tem mais da metade do seu substituído por máquina (não, isso não é Robocop) e em algumas horas ele já se encontra em perfeito estado físico e mental. Digo, o cara agora é mais máquina do que humano e eles apresentam tal transformação como se ele tivesse apenas quebrado o braço. Não há um período de adaptação do personagem, para um adolescente que chorava porque o pai não ia aos seus jogos de futebol, ele compreende e aceita rápido e fácil demais seu novo “eu”.
No entanto, mesmo esse lado negativo da história não prejudica a satisfação de poder reencontrar a Liga da Justiça, dessa vez dando seus primeiros passos, ainda frágil e com muitos laços a ser construídos. Dirigido por Jay Oliva, Justice League – War é um promissor encontro com velhos heróis em uma nova época.
Obs.: A cena pós-créditos indica que A Batalha Pelo Reino de Atlântida está a caminho!!
Assista ao trailer
Fonte: Ala 42
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