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Canário Negro | |
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Dados da publicação | |
Publicado por | DC Comics |
Primeira aparição | (Dinah Drake): Flash Comics #86 (Agosto de 1947) (Dinah Lance)Justice League of America #219 (Outubro de 1983) (Esta edição lhe atribuiu histórias precedentes de "Justice League of America #75 (Novembro de 1969) e depois dela) |
Criado por | Robert Kanigher Carmine Infantino |
Características do personagem | |
Alter ego | Dinah Drake Lance (Pré-Crise) Dinah Laurel Lance (Pós-Crise) |
Espécie | Humana |
Afiliações | Aves de Rapina Liga da Justiça |
Parentesco | Larry Lance (pai) Dinah Drake (mãe, falecida) |
Situação presente | Ativa |
Habilidades | Mestre em combate corpo a corpo (Pré-Crise) Grito do Canário, Mestre em combate corpo a corpo (Pós-Crise) |
Projecto Banda desenhada · Portal da Banda desenhada | |
Canário Negro é um personagem fictício da empresa de quadrinhos (banda desenhada, em Portugal) norte-americana DC Comics. A personagem criada por Robert Kanigher e Carmine Infantino, estreou em Flash Comics #86 (agosto de 1947). A combinação do sex appeal acentuado pela sua marca registrada, as meias arrastão, com a sua coragem e sua ótima técnica de luta a tornaram uma das personagens femininas mais conhecidas da editora.
No ano de 1985, foi publicada a maxissérie Crise nas Infinitas Terras, que reescreveu toda a continuidade do Universo DC. Os efeitos desse acontecimento dividiram a personagem em duas. Uma delas, Dinah Drake Lance, foi uma super-heróina que atuou na Era de Ouro e a outra, sua filha, Dinah Laurel Lance, que começou a atuar no final dos anos 80. A continuidade Pós-Crise estabeleceu Dinah Drake como uma florista durante o dia e vigilante à noite. Além de ser uma integrante da primeira geração de super-heróis, Dinah Drake (Canário Negro I) foi um dos membros fundadores da Sociedade da Justiça, um dos grupos de super-heróis com maior reconhecimento do planeta. Dinah Laurel Lance cresceu idolatrando os amigos super-heróis de sua mãe e, ainda jovem, herdou o manto de Canário Negro, vindo a participar da fundação da Liga da Justiça. Mas, a Liga da Justiça não a impediu de continuar suas atividades solo como vigilante. Dinah continuou atuando em missões de espionagem, contra-terrorismo e resgate, com o grupo de super-heroínas chamadas de Aves de Rapina. Ela sempre teve uma vida amorosa agitada, mas sempre acaba se envolvendo com Oliver Queen, o Arqueiro Verde. Sua maior diferença em relação a sua mãe é o seu poder meta-humano de produzir ondas sonoras muito poderosas, conhecido como o Grito do Canário.
Canário Negro II
Nome: Dinah Laurel Lance
Nome original: Black Canary II
Licenciador: DC Comics
Criado por:
Primeira aparição: gibi "Justice League of America" 219 (data de outubro de 1983 na capa).
Como se sabe, a Canário Negro original apareceu pela primeira vez no gibi "Flash Comics" 86 (data de agosto de 1947 na capa), como coadjuvante das HQs de Johnny Trovoada. Na trama, o atrapalhado Johnny acha que Canário é uma vilã, mas na verdade ela trabalha infiltrada numa quadrilha – o mesmo "modus operandi" do "Besouro Verde" e que seria usado nas histórias próprias que a cada vez mais popular heroína ganharia a partir do número 92, substituindo o pobre "Johnny", cujo ibope estava lá embaixo.
Nas décadas de 60/70, Canário Negro ficou popular ao participar de historietas de outros heróis da editora, como "Lanterna Verde", "Liga da Justiça" e, principalmente, "Arqueiro Verde". Nesta última, tornou-se popular a dobradinha romântica que ela fez com o personagem-título.
Mas em 1983, para corrigir contradições na continuidade da historieta, a jovem heroína foi dividida em duas: ficou estabelecido, na base do acredite se quiser, que aquela Canário Negro que aparecia nos anos 40 era mãe da "atual".
Na nova versão, explicou-se que, quando criança, a nova Canário Negro "ganhou" de um antigo inimigo da Sociedade da Justiça, o Mago (ver), um "grito sônico" devastador, capaz de destruir tudo à sua volta. Sua mãe, a Canário dos anos 40, pediu ao seu velho amigo Johnny - que afinal voltara ao panteão de heróis da DC Comics - que a ajudasse. O jovem herói tinha um gênio em forma de raio, Relâmpago (um "raio de estimação"), capaz de realizar qualquer pedido de seu amo. Mas nem mesmo o ser mágico conseguiu uma cura para a garota.
Porém, Relâmpago a botou em animação suspensa em sua "dimensão-Relâmpago", até que uma cura fosse encontrada. Anos depois, quando a Canário original estava morrendo após uma missão, pediu para Relâmpago botar todas suas memórias na mente da filha, e que ela não se lembrasse do "limbo dimensional" e nem de seu verdadeiro passado. Para todos os efeitos, ela semppre foi a Canário Negro.
Mas o que era para descomplicar acabou complicando ainda mais a cronologia da história. Assim, nos anos 90, a DC vem com mais uma nova versão (para quem perdeu a conta, foram três até agora). Desta vez, a nova Canário sempre quis ser uma heroína, mas foi proibida pela mãe, que
achava a carreira por demais perigosa, ainda mais "nos dias de hoje". Outra diferença para a versão anterior, é que desta vez a nova Canário pode perfeitamente controlar seu "grito sônico". É nessa fase que ela participa de "Aves de Rapina" - uma popular HQ que reunia, além dela, "Batgirl" (Barbara Gordon) e "Caçadora", e que deu origem a uma série de TV com Rachel Skars como Canário Negro (no seriado, os realizadores mudaram seu nome para "Dinah Redmond") e Lori Loughlin como sua mãe ("Carolyn Lance").
Recentemente, na série de TV "Smallville", Alaina Huffman viveu a jovem loura (chamada aqui de "Dinah Lance"), no episódio "Siren".
- Antônio Luiz Ribeiro
Histórico
Era de Ouro e de Prata
Como dito anteriormente, Canário Negro fez sua primeira aparição em Flash Comics #86, como uma personagem que, originalmente, interagia com Johnny Trovoada, vindo a substituí-lo, inclusive, nas histórias da publicação. Inicialmente, ela aparentava ser uma vilã. Johnny ficou apaixonado por ela imediatamente e, por isso, foi repreendido por seu parceiro, o Relâmpago. Em sua identidade secreta, Dinah Drake era uma florista de cabelos pretos cujo interesse romântico atendia pelo nome Larry Lance. Quando uniformizada, Dinah cobria seu cabelo com uma peruca loira, mas seu traço principal sempre foi as meias arrastão, botas de pirata, um colante preto, no melhor estilo maiô e sua jaqueta, a qual nunca era abotoada. Ela também já usou uma máscara, mas a abandonou em seguida.
Na edição 50 da revista Secret Origins, foi revelado que Dinah tinha sido treinada por seu pai, o detetive Richard Drake e que ela pretendia seguir seus passos trabalhando no departamento de polícia de Gotham. Mas, pouco tempo depois, seu pai morreu devido a uma complicação cardíaca e, para honrar a memória de seu pai, Dinah decidiu combater o crime como uma vigilante uniformizada.
Durante suas aventuras, Canário Negro freqüentemente se infiltrava em gangues para atacá-los de dentro e, graças a essa habilidade, ela acabou conhecendo Johnny Trovoada. Depois de conhecer Johnny, Dinah logo entrou para a Sociedade da Justiça. Mas, infelizmente, a personagem deixou de aparecer em publicações, assim como o resto dos seus companheiros de equipe, no início dos anos 50.
Canário Negro foi “ressucitada”, assim como seus companheiros da Era de Ouro, durante os anos 60. Ela e todos os outros personagens de Era de Ouro passaram a viver em uma outra Terra que, mesmo ocupando o mesmo lugar no espaço, tinha seu plano de existência próprio, sendo a diferença de vibração de cada plano o fator que permitia a existências de “várias Terras” no mesmo planeta. Nesse período também foi revelado que Dinah tinha se casado com Larry Lance em algum momento durante os anos 50. Além disso, Dinah teve várias participações nas edições anuais da Sociedade da Justiça e da Liga da Justiça da Terra ativa.
Larry Lance morreu ao tentar salvar a vida de Dinah durante um ataque da estrela consciente Aquarius, no anual SJA/LJA de 1969. Por isso, Dinah decide abandonar a Terra paralela e se mudar para a Terra ativa, para recomeçar sua vida. Na Terra ativa, Dinah acaba ingressando na LJA, o que resultou no começo de seu envolvimento com Arqueiro Verde. Outra novidade em sua ida para a Terra ativa foi a descoberta do seu grito supersônico que foi batizado como “Grito do Canário”.
Em Liga da Justiça América #219-#220, foi revelado (via retcon) que Canário Negro era, na verdade, a filha da Canário Negro original. Em algum momento durante os anos 50, Dinah Drake e seu marido Larry Lance tiveram uma filha. A criança desenvolveu o famoso Grito do Canário (que foi dado a ela por um inimigo da SJA, chamado Mago) o qual mostrou-se incontrolável e altamente destruidor. Diante desse problema, Dinah pediu para seu velho amigo Johnny Trovoada invocar seu gênio e desejar que ele a curasse, mas isso não foi possível. Por isso, na esperança de descobrir uma cura para a menina, Relâmpago a manteve em animação suspensa (que não a impediu de continuar crescendo) em seu lugar de origem, a Quinta Dimensão. Vendo o sofrimento de seus amigos, Relâmpago decidiu que o melhor a fazer seria apagar o acontecido da memória dos três, fazendo com que os pais da criança achassem que ela tinha morrido de alguma maneira. Depois da batalha com Aquarius, Dinah descobriu que estava morrendo devido a grande exposição à radiação que ela sofreu durante sua batalha com o inimigo em forma de estrela. Por isso, ela, Relâmpago e o Superman da Terra ativa conversaram muito sobre o assunto, buscando uma solução. Os três providenciaram uma transferência das memórias de Dinah para o corpo de sua, filha que, mesmo sendo mantida em animação suspensa, já tinha atingido o estágio adulto de crescimento. Esse retcon foi escrito para explicar o fato de Dinah ser, originalmente, muito mais velha que seu par romântico, assim como todos os seus companheiros de LJA.
Era moderna
Como um ajuste ao retcon revelado em Liga da Justiça #219-#220, e como resultado da maxi-série Crise nas Infinitas Terras, a Canário Negro Pós-Crise tornou-se duas personagens diferentes, Dinah Drake Lance e Dinah Laurel Lance.
Na continuidade Pós-Crise, Dinah I casou-se com Larry Lance. Poucos anos depois, eles tiveram uma filha, chamada Dinah Laurel Lance. A garota cresceu rodeada pelos amigos ex-SJA de sua mãe e, para ela, eles eram seus tios e tias. Conforme Dinah foi crescendo, ela sentiu uma vontade muito grande de tornar-se uma heroína uniformizada, assim como sua mãe, “tios” e “tias” tinham sido no passado. Ao invés de encorajar Dinah, sua mãe tentava desencorajá-la, afirmando que o mundo tinha se tornado mais sombrio e muito mais perigoso do que era na época em que ela combatia o crime. Dinah, entretanto, nasceu com algo que a mãe dela nunca teve: um poderoso grito sônico, capaz de estilhaçar objetos. Mais tarde, descobriu-se que esse poder era oriundo do meta-gene que Dinah possuía. Especulava-se que esse meta-gene poderia seria resultante de toda a exposição a energias místicas que a mãe de Dinah esteve exposta em todos os seus anos na SJA e serviço de Enfermagem em laboratórios meta-humanos.
A partir daí, a jovem Dinah passou a procurar por diversos lutadores que pudessem treiná-la, incluindo um de seus “tios”, Ted Grant, mais conhecido como Pantera. Os anos da treinamento e intensa dedicação foram recompensados quando Dinah assumiu o manto de heroina e se tornou a segunda Canário Negro, mesmo contra a vontade de sua mãe, a princípio. Logo depois que começou a atuar, Dinah batizou seu grito como “Grito do Canário”. A nova Canário Negro teve um papel importante na Era de Prata dos heróis, atuando, assim como sua mãe, em Gotham City.
Em uma das primeiras edições de Aves de Rapina, o escritor Chuck Dixon estabaleceu que Dinah casou-se muito nova, vindo a se divorciar logo depois. Algumas edições depois, seu marido vai até ela pedindo ajuda. Tal casamento e ex-marido nunca mais foram citados, provavelmente, caindo em retcon.
A segunda Canário Negro também foi membro fundador da Liga da Justiça Pós-Crise (substituindo a Mulher Maravilha em suas aparições na Era de Prata). Pouco tempo depois que a Liga foi criada, ela conheceu o Arqueiro Verde I, e apesar da grande diferença de idade, eles tiveram um relacionamento, em pouco tempo. Ela fez parte da Liga da Justiça por seis anos, antes do grupo ser dissolvido. Isso aconteceu na época em que a mãe de Dinah morreu devido a um envenenamento pela radiação a qual ela foi exposta, anos antes, na luta contra Aquarius. Esse acontecimento afetou Dinah profundamente e a levou a crer que seu tempo na LJA havia acabado.
Ela e o Arqueiro Verde mudaram-se para Seatlle depois do fim da LJA. Durante esse período, Canário Negro falhou em uma operação para terminar com um círculo de tráfico. Seqüestrada, Canário foi torturada antes que seu companheiro a resgatasse. Essa experiência deixou Dinah traumatizada física e mentalmente. Além de perder temporariamente sua capacidade de usar o Grito, Dinah também perdeu sua capacidade de ter filhos. Apesar disso, ela perseverou e mesmo sem o seu grito, continuou combatendo o crime, enquanto cuidava de uma floricultura. Por fim, ela e Oliver Queen se separaram devido a uma traição por parte de Oliver. Após a volta à vida de Oliver, no primeiro arco da sua nova revista, escrito por Kevin Smith, ele tentou reatar o namoro com Dinah, mas ela não conseguiu perdoá-lo e permaneceu sozinha.
Durante muito após ter deixado Oliver, Canário sentiu falta de um verdadeiro objetivo. Isso fez com que Dinah viesse a ser convocada por Oráculo para tornar-se parte de uma série de operações lideradas por ela. Dinah aceitou o convite com grande satisfação, apesar de haver alguns desentendimentos entre as duas, durante as primeiras missões. Em uma dessas missões, Dinah foi seriamente ferida e, por isso, foi banhada em um Poço de Lázaro, o qual reativou seu poder meta-humano e, além disso, lhe devolveu a capacidade de ter filhos, perdida anos antes.
Por um curto período de tempo, Canário fez parte da nova encarnação da SJA. De fato, ela é uma das poucas heroínas no Universo DC a ter participado das duas maiores super-equipes do planeta Terra, a LJA e a SJA.
Trabalhando com Oráculo, ela deu origem a um grupo de super-heroínas chamado Aves de Rapina, onde atua em parceria com mais duas heroínas: Caçadora e Lady Falcão Negro.
Por terem tido o mesmo sensei, Canário Negro criou uma espécie de amizade com Lady Shiva. Shiva, impressionada com as formidáveis habilidades marciais de Dinah, lhe ofereceu uma oportunidade de treiná-la. Por pensar que isso comprometeria sua moral, Dinah negou o convite, mas manteve contato com Shiva, por correspondência. Método através do qual Shiva dava conselhos para ajudar Canário a desenvolver suas habilidades.
Nos quadrinhos, Canário Negro teve sua própria minissérie, chamada “New Wings”, assim como sua série mensal escrita por Sarah Byam, que só durou 12 edições.
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