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sábado, 20 de outubro de 2012

Lex Luthor - Presidente dos EUA


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Presidência de Lex Luthor refere-se à série de arcos de história publicados entre 2000 e 2004 pela editora americana DC Comics que narram, dentro do universo fictício em que se situam as histórias da editora, o período pelo qual o personagem Lex Luthor, um notório vilão e oponente de Superman, foi Presidente dos Estados Unidos da América. É uma das histórias firmadas pela equipe criativa liderada por Jeph Loeb e Joe Kelly durante o período em que estes foram responsáveis por escrever as quatro revistas do personagem para promover a revitalização das histórias do herói frente público e crítica no início da década de 2000.
A história teve início no final do ano de 2000, com a publicação do especial Lex 2000, que lançou o personagem como candidato à Eleição presidencial dos Estados Unidos de 2000[1] e se estendeu até 2004, com a conclusão do arco de história "Os Melhores do Mundo". Nesta última história, publicada na revista Superman/Batman Luthor é demovido do cargo. Em 2009, um filme de animação produzido diretamente em vídeo intitulado Superman/Batman: Public Enemies, baseado na história, foi lançado mundialmente. Na ficção, Luthor sucedeu Bill Clinton e foi sucedido pelo personagem Pete Ross, seu Vice-Presidente, até este que abdicasse do cargo durante os eventos da Saga do Ruína. Desde então, a editora tem criado personagens específicos para serem o Presidente dos Estados Unidos em suas histórias.

Antecedentes e contexto

O escritor Marv Wolfman em foto de 1982. Quatro anos depois ele seria o responsável, ao lado de John Byrne, por mudar radicalmente Lex Luthor.
Em 1986, a DC Comics contratou o escritor e desenhista John Byrne para reformular Superman e seu elenco de apoio após o evento "Crise nas Infinitas Terras", criando inclusive uma uma nova origem para o herói. A partir da minissérie The Man of Steel, escrita e desenhada por Byrne, passariam ser contadas as novas histórias do personagem, estabelecendo um novo cânone[2][3]. Byrne realizou um completo reboot do personagem, modificando grande parte de sua mitologia. Na nova versão, elementos excessivamente fantásticos, como a Fortaleza da Solidão e a cidade engarrafada de Kandor não mais existiam, por exemplo[4].
O escritor Marv Wolfman foi convidado para colaborar com Byrne na nova linha de revistas, e foi responsável pela reformulação de Lex Luthor, ainda que sua ideia inicial não tenha sido integralmente aproveitada por Byrne, por também envolver significativas mudanças em Lois Lane que Byrne não pretendia seguir. A ideia central, entretanto, se manteve: se até então Luthor era um "cientista louco" que ficara calvo por causa de Superman quando ambos eram adolescentes vivendo em Smallville, a partir de 1986, ele passou a ser caracterizado como um influente e inescrupuloso empresário de Metrópolis e um dos homens mais ricos do mundo[5][6][4] - nas palavras de Byrne, "uma mistura entre Donald TrumpTed TurnerHoward Hughes e talvez até Satã"[7].
Toda a linha de revistas foi reformulada a partir de setembro[8] de 1986: uma nova revista intitulada Superman foi lançada, com roteiros e desenhos de Byrne, e as duas outras revistas do personagem foram alteradas: a revista Superman original, mantendo sua numeração, teve seu título alterado para Adventures of Superman e passou a ser escrita por Wolfman, enquanto Action Comics, também mantendo sua numeração original, passou a partir da edição 584 a ser uma revista dedicada à histórias do gênero team-up[9][10][7][11].
Mantendo uma média de 200 mil exemplares por mês, o relançamento das revistas era visto como um sucesso[12], mas os bastidores tão eram tão animados. No livro Modern Masters: Jerry Ordway o desenhista responsável pela arte de Adventures of Superman expôs sua visão sobre os conflitos entre Byrne e Wolfman: "Logo nos primeiros meses vi que haviam problemas. Era tudo uma situação infeliz, porque claramente havia... Enfim, eu não era parte do atrito entre Marv Wolfman e John Byrne, mas claramente os dois tinham alguns problemas. Eu não sei se Marv não gostava da ideia de ser, de certa forma, um "subordinado", porque num determinado ponto era Byrne quem efetivamente controlava a mitologia, ou se era outra coisa, mas os roteiros estavam ficando prontos com muito atraso"[13]. Wolfman sairia deAdventures of Superman ainda em 1987 e no início do ano seguinte seria a vez de Byrne, já insatisfeito a suposta "falta de apoio" da editora às modificações que ele havia imposto ao personagem, também decidir abandonar as revistas. O estopim, para Byrne, seria ver seu trabalho ser retratado de forma negativa em uma matéria publicada na revista TIME, que pertencia ao mesmo grupo que controlava a DC Comics[12][11][14][15]. O trabalho desenvolvido pela dupla, entretanto, continuaria influenciado as histórias do personagem por mais de uma década[16][15], mas, no final da década de 1990, quando Eddie Berganza assumiu as funções de editor responsável pelas histórias de Superman, as quatro revistas então protagonizadas pelo personagem - Action ComicsSupermanAdventures of Superman e Superman: The Man of Steel - vinham passando por baixas vendas, e suas histórias tinham pouca repercussão junto ao público[17].
Berganza, então, contrataria uma equipe capitaneada por Jeph Loeb, que se tornou o escritor de Superman, e Joe Kelly, que assumiu os roteiros de Action, com a responsabilidade de "revitalizar" o personagem a partir de outubro de 1999, promovendo inúmeros questionamentos acerca das várias facetas que o definiam[17][18]. Conforme definiu Marcus Medeiros, do sitebrasileiro Omelete, em 2005, após a equipe sair definitivamente das revistas: "o objetivo dos roteiristas era evoluir as bases estabelecidas por John Byrne e seus seguidores para conseguir um Super-Homem mais humano - conseqüência de sua criação por Jonathan e Martha Kent - ao mesmo tempo em que resgatariam a magia e a grandeza perdida da Era de Prata dos super-heróis".[19]

História[20][21][22][23]

Origens

Em 2000, durante a reunião anual realizada entre o corpo editorial da DC Comics e os escritores responsáveis pelas várias revistas protagonizadas por Superman para definir o rumo que as histórias tomariam no ano seguinte, discutiu-se como continuar avançando a história do personagem Lex Luthor. Embora fosse desde a sua concepção um vilão, uma série de tramas publicadas nos últimos anos concluíram com Luthor recebendo aos olhos do público o crédito por inúmeras "boas ações", como a reconstrução de Gotham City após uma série de eventos ter devastado a cidade. Com Paul LevitzJanette Kahn - editor-chefe e publisher da editora, respectivamente - presentes, a equipe propôs que Luthor se candidatasse ao cargo de Presidente dos Estados Unidos e vencesse o pleito de forma legítima. No final daquele ano, com a publicação do especial Lex 2000, o vilão lançou-se como candidato à Eleição presidencial dos Estados Unidos de 2000 e se elegeu presidente, substituindo George W. Bush no Universo DC como o 43º Presidente dos Estados Unidos, sem que a editora tivesse planos à longo prazo para retirá-lo do cargo[24][25].
Luthor já era visto pelos cidadãos dos Estados Unidos como um visionário e um benevolente empresário[24] e durante o período em que esteve no cargo, ao olhos do público, reformou o sistema educacional, liderou o país durante a vitória contra uma invasão alienígena e alcançou grande popularidade[26][27].

Mundos em Guerra

Com Our Worlds at War, evento capitaneado por Loeb, novamente o personagem foi posto à prova. Em entrevista sobre a história, o editor responsável,Eddie Berganza, questionou: "Os ideais de Superman podem resistir à brutalidade de uma guerra?"[21].

A identidade secreta de Superman

Término do mandato

[28][29]No início de 2002, Loeb deixou o cargo de roteirista da revista Superman para se dedicar ao planejamento de Superman/Batman, revista que a editora pretendia lançar no ano seguinte. Berganza acumulou as funções de editor da revista com Matt Idelson, e a revista começou a ser planejada de forma a refletir os eventos narrados tanto nas revistas de Superman - onde, por exemplo, havia surgido uma nova Supergirl chamada "Cir-El"[18] - quanto de Batman. Desde o início já se discutia que o primeiro arco da revista abordaria o fim do período de Luthor na Casa Branca e que Ed McGuinness trabalharia como desenhista na nova revista, que tentaria se afastar do gênero team-up e buscaria mostrar a relação entre os antagônicos elementos dos dois personagens[30].

Ver também

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